segunda-feira, 25 de junho de 2012

E mais de um ano depois...


... o Gato volta para dar novidades. Esquivo como todos os gatos são, passa tempos infinitos antes de aparecer. Na imagem, a mãozinha do primeiro cruzamento entre Gato e Ouriço (melhor nem no National Geographic Channel). A C. nasceu no mês passado e o pai já tem saudades de quando ela "era" pequenina ao revisitar as fotos. :)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um mês




Já houve um outro mês. Este é outro. O primeiro de muitos de mão dada contigo, meu Amor.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O início ou dois anos depois?


Na foto, em gesto de avanço e convite, figura a minha mão. A foto tem pouco mais de 15 dias, a aliança no dedo teria talvez trinta minutos. Um dia de felicidade imensa, imensa, o dia em que me casei com a mulher que admiro há anos a fio. A mesma mulher que há mais de dez anos me disse "não" e hoje me diz "sim" em cada gesto. A mesma mulher que me sugeriu abrir este blogue (completou dois anos durante a nossa lua-de-mel). Nem calculava o que estava para vir... :)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Escolher

Nem sempre são os grandes acontecimentos que nos impoem decisões duras. Uma conversa (que poderia ser ou não encarada de forma banalíssima por um terceiro) pode suscitar em nós correntes violentas por nos atingirem emocionalmente. E que fazer nessa altura? Reagir com prontidão ou deixar o momento passar em claro? Deixar a dor roer-nos a solo ou expressarmo-nos sabendo que isso vai magoar muito quem mais gostamos? Ficar ressentido e com medo ou estragar um dia lindo e uma memória boa? Ontem tive de decidir. Eu sabia que qualquer dos caminhos ia ser penoso.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Bolo de ouriço-cacheiro irritado


Quando irritados, os ouriços-cacheiros enrolam-se numa bola, sumindo com as patas e a cabeça, eriçam os espinhos e fazem "Ffffff!". Se fossem um bolo de bolacha seriam assim.
Um ano, meu amor. Parabéns a nós! :)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comprei um anel...




... e ofereci-o.
O Ouriço disse que sim. :)
(A mão é do Ouriço. O anel também. ) :)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ou rebento...


... ou conto.


É regra da fundação deste blog, não escrita mas tácita, que este é um espaço de não-lamechice. Ora, numa retrospectiva rápida às mensagens deste ano, concluo que uns tranquilos dois terços dos escritos envolvem, de uma maneira ou outra, o meu Ouriço.


P: Regra sistematicamente quebrada?

R: Nem por isso.


Por este espaço passam apenas sombras ténues e breves tópicos. Têm sido meses (mais de um ano, segundo algumas contabilidades) de vivência muito intensa, de conversas longas desafiando as horas, de partilha, de comunicação, de projectos sonhados, de desejos comungados, de medos revelados, de medos vencidos, de reflexão, de caminho trilhado.


Olhando para trás, mirando o trabalho feito, estranha-se que o calendário insista que aquele marco longínquo foi assinalado há apenas um par de meses. Sentimos que as léguas se percorreram a uma velocidade inacreditável, sentimos que desenrolamos meandros e curvas a passo alargado.


A inquietação que se levanta é saber se se está os passos correctos, se nos dirigimos numa boa direcção, se ao fim e ao cabo todo o longo caminho não passou de voltas sobre voltas não muito longe do ponto de partida ou, decorrente do curto intervalo de tempo, de a obra ter maus alicerces e maus acabamentos. Incerteza, insegurança? Talvez, mas certamente vontade de fazer as coisas bem feitas.


Este fim-de-semana o Ouriço e eu estivemos num curso intensivo de dois dias tentando aferir o nosso trabalho. Foram dois dias dedicados a nós mesmos, sem mais tarefas, sem computadores, sem telemóveis, sem faxinas, sem preocupações, longe de casa, longe da rotina. Dois dias de escuta, dois dias de reflexão guiada por quem sabe, dois dias de partilha, dois dias de (auto-)crítica e (auto-)avaliação de cada um e do que queremos construir.


Parabéns, meu Amor. Passamos com distinção e o caminho é para continuar. Sempre intuí que eras uma grande mulher, e hoje estou absolutamente certo disso.





(Imagem retirada daqui).

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ausências e mudanças

Há qualquer coisa de recorrente nos blogs quando os seus escribas desaparecem por muito tempo. Normalmente passam de raspão de tempos a tempos para dar um sinal de vida e desculpar-se da falta de notícias, patati, patatá...

Em todo o caso, é razoável concluir que, por um qualquer conjunto de motivos, um blog semi-caladinho caiu nas prioridades do seu dono.

Ora, se a escrita deste blog caiu nas minhas prioridades, o mesmo não aconteceu aos meus seguidores: vocês continuam bem importantes para mim. :)

Digo-vos que a minha cabeça "anda a mil" (kilómetros por hora, suponho que assim acaba o dito feito) há muito tempo a esta parte. Só que o "andar a mil" não vai sempre no mesmo sentido. Se dantes o resultado era uma participação amiúde na blogosfera, polvilhada com vários Gatafunhos e Arranhadelas, hoje "anda a mil" com outros projectos.

Para começar, e como já sabem aqueles que habitualmente passam pelo Castelo para tomar chá e bolachas, tenho o meu amor de quem tanto gosto. As coisas connosco correm a bom ritmo. Não são idílicas, não são perfeitas, não são despreocupadas. São boas, intensas, verdadeiras, pensadas. Exigem atenção e trabalho, como tudo o que vale a pena. Eu bem desconfiava que aquela menina a quem pedi namoro há dez anos atrás (demorou nove anos a dizer-me "sim") era uma mulher muito especial. Hoje estou absolutamente certo disso. :)

Continuando: abandonei a zona de conforto do emprego por conta de outrém, certinho e com contrato sem termo, para me lançar por conta própria numa sociedade. Colocar de pé o vão-de-escada tem sido mais absorvente e trabalhoso do que estava a contar (nunca pensei que fosse fácil, de qualquer das formas). Sinto-me a pisar ramo verde, a calcar ovos, a sentir o tempo a escoar-se como água entre os dedos. É necessário tomar decisões nem sempre fáceis. Mas, com o tempo, irei lá.

Mais: tenho batalhado para pôr ordem numa data de outras faces da minha vida, e são muitas para arrumar. Tenho, felizmente, quem me ajude. Tenho, felizmente, em quem confiar. Confiar e deixar que me ajudem não têm sido passos fáceis, por muito natural que isso seja ou devesse ser.

E, com tudo isto, não tenho passado muito aqui pelo Castelo. Mas uma coisa vos garanto: lembro-me de vocês amiúde. :) E espero em breve trazer-vos mais novidades boas. Alegrem-se comigo! :)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

9 meses

Se o título vos lembra outra coisa, tirem daí as ideias. ;)

São 9 meses que vêm na sequência deste mês e destes seis meses. E aqui o departamento de contabilidade assevera já ter havido negócio informal durante outros nove.

Gatafunho, hoje, não há. A prenda foi diferente, uma prenda-surpresa enfiada à socapa na mochila do Ouriço.

Se o gatafunho está ausente, a alegria, essa, cresce a cada momento. :)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Guerra do esfregão




Há batalhas que são absolutamente épicas e ficam no imaginário colectivo como marcos importantes: o desembarque na Normandia no Dia D, a derrota de Napoleão em Waterloo, Aljubarrota para os portugueses, ou a Guerra do Esfregão em casa dos meus pais.

Vejo já alguns sobrolhos franzidos ao peso de dois argumentos: um é que não conhecem a casa dos meus pais e portanto a ideia não pertence ao imaginário colectivo e, para mais, é que me o último item da lista não é uma batalha, é uma guerra.

Em boa verdade eu vos respondo que, uma vez eu vos descreva a cena, qualquer um de vós irá recordar-se de outra semelhante tirada a papel químico, logo há um imaginário colectivo de uma mesma situação distribuída por episódios diferentes. A segunda é que a Guerra do Esfregão é uma sucessão de batalhas em tudo muito semelhantes sem fim à vista.

Começa assim: a cada Domingo após o almoço, mãe e filha entram numa acesa querela sobre quem vai lavar a loiça, nomeadamente a tostada e gordurosa assadeira onde minutos antes o lombo de porco repousava num leito de batatas.

Rationale:

- A mãe insiste em lavar a loiça porque mãe é mãe e tem que ser super-mãe;

- A filha quer aliviar a mãe desse trabalho extra porque esta faz saber amiúde que trabalha demais e anda exausta;

- A mãe não deixa porque a maneira de demonstrar que gosta muito e muito de todos e gosta mais do que ninguém é matando-se de trabalho;

- A filha reinvindica lavar a loiça porque lá no fundo sabe que a mãe vai cobrar essa exaustão em queixas e injecções de sentimentos de culpa;

- etc...

E a discussão vai subindo de tom até que alguém toma conta do esfregão... nesse dia. Depois repete-se. A Guerra do Esfregão nunca vê um armistício assinado. Sobem as vozes, sobe a tensão, sobe a exaustão, sobem os nervos a toda a gente... para uma discussão circense de resultado prático perfeitamente estéril. Na semana seguinte repete-se.

Claro que seira muito mais útil, prático, calmo e abrangente distribuir essa tarefa todas as semanas a uma pessoa diferente (eu incluído). Mas isso já não permitiria "provar" quem gosta mais de quem, não é? Se é para isso, eu recuso-me a participar do espetáculo.

Há coisas irritantes e que me deixam os nervos em franja, e esta é uma delas.