Ontem falámos pela primeira vez. Não falámos muito, falámos apenas. Não me era fácil manter acesa a conversa, não por falta de assunto, ou de sítio, ou de tempo. O tempo sobejou. Afinal, ficámos umas horas sentados frente a frente durante um longo almoço. Assunto também não faltava. Apetecia-me dizer-te o quanto estou contente. Apetecia-me elogiar-te. Apetecia-me dizer-te que pelo fruto se conhece a árvore. Apetecia-me felicitar-te pelo que fizeste. Apetecia-me dar-te a conhecer o quanto estou feliz e o mérito teu nisso. Tudo muito bonito, não se desse o caso de ser um completo despropósito. E, por isso, falámos apenas de banalidades durante um longo almoço. Talvez outro dia.
8 comentários:
De qualquer forma, é um alivio poder falar, olhar para o outro, e dentro de nós saber que está uma festa de alegria, talvez causada por um momento de dor provocado exatamente por este outro.
Nada como o Sr. Tempo! :)
Beijocas
Lá virá o tempo... :)
@Mirian Martin e mf:
Vocês combinaram a resposta? :)
R.
*alerta clichê* As vezes o silencio vale mais, rs.
Admiro os poetas e pessoas com o dom da escrita por conseguirem expressar o que sentem. Tantas emoções e sentimentos que parecem transbordar ao significado de uma palavra. As vezes é difícil falar porque nenhuma palavra consegue explicitar que queremos dizer. Acho que é por isso que existe a lincença poética! ^^
@Erika Freitas:
Por vezes dá vontade de inventar novas palavras porque as que existem não exprimem bem o que dizer, não é? :)
R.
Há momentos, sentimentos vivenciados, em que as palavras se revelam absolutamente dispensáveis. Estariam a mais, seriam apenas um estorvo!
@TERESA SANTOS:
Há que saber lidar com os momentos todos. :)
R.
aprendi que devemos elogiar sempre o que deve ser elogiado por muito insignificante q for. dizer 'amo-te' 10000 vezes por dia é menos bom que dizer 10001 vezes, acredita ;)
bjoka
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