sexta-feira, 31 de julho de 2009

Perigos do Messenger


P. - Olha uma coisa...

R. - Estou a olhar

P. - A M. vai para os Açores no dia "d", precisamente...
Não queria abusar de ti...
Não queria mesmo...


R. - No dia "d" ainda dá.

P. - Pois, mas tens hipótese de preparar mais umas 8 músicas (melodia e acordes...)?
Pago-te o café, depois do almoço!


R. -Ai...........

P. - E um gelado depois do casamento!

R. -Ooooooooito!?

P. - Entrada, Kyrie, Salmo, Aleluia, Ofertório, Santo, Cordeiro, Comunhão, A. Graças, Fim.
Ops...
Afinal são 10.
As partituras já têm os acorde indicados...


R. -*sigh* Bem, manda lá as partituras q logo se vê

P. - :)



Já me estão a arranjar trabalho para as férias. Mas não consigo dizer que não ao P. - é um daqueles amigos que merece tudo. :)

Presente e Futuro



Não faz muitos dias que coloquei aqui no blog uma mensagem intitulada O salão de baile. Uma mensagem como tantas outras, pensei eu. Surpreendeu-me essencialmente por dois motivos:

Primeiro, porque parece ter despertado mais interesse do que o habitual - nunca uma mensagem aqui n'O Gato do Castelo recebeu tantos comentários. Eu não escrevo para os comentários, muito menos escrevo para coleccionar seguidores - e, perdoem-me a vaidadezinha que nesta pequena dose não é defeito, tenho poucos mas reconhecidamente bons.

Segundo, e semente desta mensagem, o Daniel Silva (Lobinho) deixou-me um comentário curto e acutilante:

"O futuro está sempre presente em ti, R. I wonder se viverás o presente com a mesma intensidade."

E pronto, Daniel, arranjaste maneira de me pôr a pensar no assunto!

Antes de mais, a pensar como é que através de meia dúzia de linhas avulsas que fui escrevendo foste capaz de me tirar uma radiografia a um plano meu que ainda nem eu próprio reconhecia.

Segundo, pela pontaria certeira do comentário.

É bem verdade, tenho o futuro sempre presente.

Do passado tiro algumas lições, mas recuso-me a viver nele. É uma experiência, não é um mundo.

E o presente? Dou por mim a trabalhar sempre em prol de um futuro que não sei bem qual é mas que o quero o melhor possível. O presente tem sido sempre uma arena onde se luta por um futuro melhor que há-de chegar. Faz-se a cada momento aquilo que soa correcto. E aquilo que soa correcto é, com frequência, contrário à nossa vontade ou conveniência quiçá egoísta.

Resulta daqui um epicurismo abastardado, uma procura de bem-estar próprio no reflexo das acções que se crêem acertadas, a dádiva do seu melhor a quem nos rodeia, o sentimento de dever cumprido, um presente/passado que se acredita merecedor de um futuro condizente.

O presente, segundo esta filosofia de trazer por casa, acaba não por ser um ponto importante mas uma passagem, uma ponte ou transição para algo maior e pleno.

Mas agora reparo que hoje é o futuro de ontem. O que me anda a escapar? Desconfio que são os dias.



(Imagem retirada daqui)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Suomi


Por vezes as coisas boas caem-nos no colo.

Andava eu a pensar que devia organizar uns planos para as férias sem no entanto encontrar paciência para o fazer.

Telefonema recebido no Domingo à noite: "Queres vir a Helsínquia?"

E pronto! Em dois dias já tinha os bilhetes de avião orientados. :)

E enquanto a maior parte dos meus conterrâneos vão à busca de sol, praia e calor, o atípico Gato raspa-se para latitudes frias.


Como nem tudo é bom, a má notícia: vocês vão ficar sem actualizações aqui no Castelo por uma semana e tal! :)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Arranhadelas V

Esta "Arranhadela" é um pouco diferente, carrega um texto mais ou menos longo no dorso.

Ainda no outro dia comentava com uma pessoa que o piano tem, do ponto de vista social, um defeito grave: é grande demais, um perfeito mastodonte, dificílimo de transportar, tão pesadão que serve de cliché nos filmes.

Uma boa parte dos músicos pode levar o seu instrumento com relativa facilidade para qualquer lado: uma guitarra, uma flauta, um violino, um clarinete, todos eles se transportam com facilidade para um acampamento, um piquenique ou uma festa, formando uma banda ad hoc em qualquer sítio ou ocasião, tocando e cantando com os amigos ou mais quem vier.

O pianista está "lixado", não leva o piano para lado nenhum, e se quer tocar música fica preso em casa, amarradinho ao grandalhão sorridente em 7 oitavas e meia. Ou bem que se tem convidados a toda a hora, ou tocar piano acaba por ser um hobby um tanto solitário.

Afinal de contas, o que é que consegue ser ainda menos transportável que um piano?!?
Ehr... Talvez um órgão de tubos numa igreja?!?

-- R., tenho dois casamentos em Agosto e gostava que fosses lá tocar a Marcha de Mendelssohn e a Ave-Maria de Schubert.

Irónico, hã? Só falta aprender carrilhão de sinos...

Não sei o que os cortesãos aqui do Castelo fazem com as "Arranhadelas" - se as ouvem, se se fartam a meio, se passam à frente.

Eu, pela minha parte, gosto de imaginar que cantam, que me acompanham, que por um momento juntam a sua voz às minhas notas e a letra ao instrumental e, por breves minutos, não estou a tocar só mas tenho a vossa companhia ao meu lado. Fica assim a música mais rica e eu um pouco mais contente. :)



Então, se querem ter a gentileza de me acompanhar, podem ver a letra aqui. "Fado do Encontro" do Tim (Xutos) interpretado no original em dueto com a Mariza. De fado o tema tem pouco (e a minha versão não destoa), seguindo mais a onda sulista dos blues de New Orleans.



terça-feira, 28 de julho de 2009

Limitação de responsabilidade

Recebi uma chamada telefónica há um par de semanas: o meu primo C. marcava-me na agenda o baptizado do seu garoto mais novo para dia 1 de Agosto. Aquilo que é suposto ser um dia de festa tem a condição, para muita gente, de um incómodo enervante. Eu não consigo fugir a isso e estava mesmo com muito pouca vontade de passar um dia inteiro no evento.

Nova chamada ontem: o baptizado fica adiado sine die. Infelizmente a minha tia (avó do cachopo) deu entrada no hospital, de urgência, com um problema de saúde.

Minha querida tia, eu sei que não vais ler isto mas quero que saibas:

a) Que te desejo as melhoras rápidas, esperando que esse problema seja apenas um susto ligeiro que passa e nunca mais te lembres dele;

b) Que, apesar de não estar com vontade nenhuma de ir ao baptizado, não roguei pragas para que acontecesse algum contratempo! Não fui eu!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O salão de baile



Há uma divisão em minha casa a que chamo "o meu salão de baile". Dá um ar pomposo, de um absoluto chique. Nem toda a gente pode afirmar, com segurança, "Eu tenho um salão de baile!". Eu posso, fingindo uma certa afectação aristocrática, um ligeiro franzir das sobrancelhas, o nariz levemente empinado, a voz denotando uma qualquer superioridade que ninguém sabe bem qual emanando de uma fonte reservada a uns pouco eleitos, tudo isto sem mentir na afirmação primeira. Gosto deste pequeno teatro.

O meu salão de baile é uma divisão como outra qualquer, ampla, vazia, mais por falta de almas do que por falta de objectos, apenas cortada na sua nudez pela presença da aparelhagem de som. Chão em madeira, tem até um pequeno corrimão que poderia servir de auxílio para treinar "pontas" em ballet - bastava um espelho na parede e ficava perfeito. Un, deux, trois, quatre...
-
Esta é a piada recorrente quando vai alguém lá a casa. Quando atravessamos aquele espaço lá vem a frase "Este é o meu salão de baile". Isso é o que eu digo. O que eu calo é a imagem do mesmo lugar quando fecho os olhos, os dois sofás de tecido vermelho dispostos em "L" com almofadas, a estante, a manta grande e colorida no chão, os livros e brinquedos espalhados e os miúdos brincando no chão.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Cobaia de mim mesmo

Dos anos que conto no pêlo já passei cerca de metade deles fora do ninho. Passar a morar só fomenta uma certa capacidade de improviso. A cozinha é uma delas com um plano bastante curioso: somos literais cobaias do que fazemos. O resultado pode ser mauzinho, mas é o nosso jantar de qualquer forma. Quando o cozinhado não se aproveita, aproveita-se a lição de humildade. Extrapolem como quiserem.

Feito barómetro humano (felino?), o meu humor andou alinhado com o tempo chatinho que fez lá fora. Precisava de jantar. Vontade de cozinhar muito por baixo, receita condicionada pela súplica de uns tomates bem maduros, o brado de umas beringelas e o chilrear irritante das azeitonas, uma multidão vegetal exigindo de dentro do meu frigorífico o aconchego da panela antes que fosse tarde demais.

Transformar beringelas num prato apetecível aos beiços um gato é complicado, ajudado pelo facto de nunca ter cozinhado beringelas, muito menos conhecer qualquer tipo de receita com as ditas, e pela pouca paciência para perder muito tempo de volta da janta.

É aqui que entra o improviso. Tomem lá que vos pode dar jeito um dia destes:



Azeite no fundo da assadeira
Alguns dentes de alho esmagados
Uma camada de tomate maduro picado finamente
Uma camada de tostas de pão
Natas em fio sobre as tostas
Uma camada de beringela em rodelas finas
Sal fino
Azeitonas e cubos de tomate a gosto
Queijo ralado
Forno bem quente para assar e gratinar


Uns 20 minutos gastos antes de dar entrada no forno. Não ficou nada mau. Afinal, até vos podia ter convidado a todos para jantar que não passava vergonha, nem vocês fome.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Romaria

"Soou caipira-pira-pora Nossa... Senhora deeeeeeeeeeee Aparecida, ilumina a mina escura e funda o trem da minha viiiiiidaaaaaa.....".

Alguém me explica porque ando a cantar isto(*) todo o tempo?!?

Bem, eu até sei. Uma base harmónica simples mas belíssima, uma linha melódica suave, um ajuste rítmico invulgar. Cativante. Mas também uma letra demasiado melancólica para cantar dias a fio.






(*) "Romaria" de Renato Teixeira popularizado na voz de Elis Regina.


Citações

Não é muito meu costume aqui pelo Castelo coleccionar citações daqui e dali. Não enjeitando os saberes e ciências dos demais, tenho tentado criar sem projecto nem plano um espaço para os múltiplos eus que existem longe das vistas do dia-a-dia, um perímetro de expansão que vá permitindo a libertação de alguns contornos um tanto amarrados.

Ironia ou pré-disposição não pensada de me contrariar, ao ler hoje as actualizações de dois dos blogs onde roço os bigodes amiúde levei com duas pauladas no lombo (sem relação com Arranhadelas IV). No lombo e estranhamente em curto-circuito directo ao meu âmago.

Suprema ironia: as duas mensagens que me deitaram ao tapete qual Rocky em versão felina e figurada são, elas mesmas, inspiradas por outras leituras devidamente por lá citadas.



Ora deixa cá ver, resgatada da toca do Ouriço:

"[...] no que se sente quando revelamos este mundo a alguém que nos é próximo e sentimos que do outro lado sobra indiferença. [...] É como oferecer um presente que é deixado num canto, abandonado. Quando o presente somos nós, este 'abandono' terá de querer dizer alguma coisa, não?"

Lá de oferecer a alma embrulhada em blogs (ou vice-versa, quer-me parecer que também serve) não tenho grande experiência. Contudo, esse calo que me mingua em bits e bytes virtuais sobeja-me em anos de vida debaixo de telhas bem reais (quer as telhas, quer os anos).

Presente eternamente por desembrulhar, um livro que nunca foi lido. À tentativa de o ir lendo em voz alta, algumas páginas se mais não pudesse ser, fui tendo como resposta um cortar do pio, um fechar da capa de forma nem tanto estrondosa mas inegavelmente seca. "--Tu nunca me falas de ti" - ouvia eu noutras ocasiões. Nunca imaginou quão acres eram estas palavras, estou certo.

Pessoas há que, além de serem incapazes de dar e de se dar, são igualmente incapazes de receber. Merecerão os presentes? Eu acreditei que sim até à última centelha de energia.


E, na sequência, lido Lazer & Labor:

(...) Já fiz coisas que não quis por não saber dizer não. Já fiz coisas que quis e das quais me arrependo. Já deixei de fazer o que devia por ter medo de magoar e já fiz o que não devia apenas para agradar.(...)” (CHALITA, Gabriel, "Cartas entre Amigos: sobre medos contemporâneos", Ediouro, Rio de Janeiro, 2009).

Sim, muitas e muitas vezes, na vã tentativa que alguém se desse conta que, afinal, aquele embrulho pardo, sem grandes laçarotes ou decorações em papel de fantasia, até merecia um segundo olhar.

sábado, 18 de julho de 2009

Arranhadelas IV

O Gato anda fugido, esquivo.

--Característica comum nos gatos - dirão.

A verdade é simples: os assomos de imaginação não têm hora marcada e, para não miar decentemente, não mio de todo.

Além de esquivos, somos também conhecidos por ser narcísicos, e esta "Arranhadela" feita por pândega demonstra-o em duas versões num magro minuto.

Quem topar a música logo na versão lounge de hotel leva o meu aplauso. Quem não o conseguir, tem uma segunda versão mais prosaica para o fazer.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nos trilhos


Senti o controlo a fugir. Por mais que me aplicasse, os vagões insistiam em atropelar a locomotiva numa tentativa descoordenada e vaga de tomar uma dianteira que não sabem dirigir. O descarrilamento parecia iminente, inexorável, e não sabia sequer quem era o padroeiro dos ferroviários para lhe encomendar as preces. Os dias tomavam um rumo que desafiava qualquer agulha ou baliza num clanc-clanc sacudido entre carris e, na agitação, mantinha uma tola esperança por um Deus Ex Machina que, como estamos acostumados, nunca aparece quando é preciso. Nem ao menos uma miserável dresina para desenrascar! Do óbvio, que nunca é óbvio quando do óbvio precisamos, acabei por me lembrar: aplicar os freios. Juro que ainda senti as rodas exteriores levantarem do carril numa curva mais apertada. A composição lá perdeu velocidade, a pouco e pouco, devorando as travessas da linha a um ritmo cada vez mais brando.

Cá estou de novo. Rolando mais devagar, desta vez, apreciando o céu azul e a paisagem em redor, gozando da vida o que a vida oferece, celebrando os bons momentos e as gares passadas. De volta aos trilhos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Arranhadelas III

Nas últimas Arranhadelas (aqui) prometi que iria trazer mais uns blues de vez em quando. Hoje cumpro: se alguém abraçou os blues em Portugal foi Rui Veloso. O tema que trago - Conceição - é bonito embora desconhecido da maioria - já estou a ver as vossas sobrancelhas franzidas a tentarem pescar na memória que música vem a ser. Quem não se quiser cansar mais, pode sempre clicar no play de imediato.

O Gato gosta mais deste "Conceição" do que de leite. "Conceição" marcou para mim um ponto de viragem no domínio da harmonia, marcada por acordes mais ricos e complexos, abrindo-me portas de temas até então vedados pelo desconhecimento. Daí à minha adorada Bossa Nova foi um instante.

Quem me imaginou apaixonado por alguma Conceição, desengane-se. :)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Contrapunto Bestiale

Um destes dias sorri à recordação que um coro (muito afinadinho, por sinal) me trouxe. Entre as peças do alinhamento assisti ao "Contrapunto bestiale alla mente" de Adriano Banchieri (1568 – 1634). Banchieri, compositor renascentista, era um experimentador nas artes do contraponto e da polifonia. Este madrigal explorava as tendências desse período usando diversas vozes de animais (daí o "Bestiale") entrando e saindo em diferentes momentos ("Contrapunto").

Aqui o vosso escriba preferido também já miou num coro há muitos anos atrás. Contralto, depois Galinha (os homens mudam a voz, ok?) e por fim Tenor. Ironicamente fazia mesmo de Gato neste "Contrapunto Bestiale", mas não de forma tão... ahammm... (faltam-me as palavras decorosas)... como o intérprete do vídeo - bastante bom, por sinal.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Hã? :/

Início textual de uma resposta que li ontem.

"É utilizada de cima para baixo de uma forma ascendente. [...]"

Só por si é um disparate.
Só por si contém a negação dela mesma.
Só por si é uma não frase.
Mesmo que antecedida da pergunta correspondente, nem assim se consegue adivinhar um possível sujeito implícito.

Ri-me como já não me ria há muito tempo.

Mas por outro lado é bem triste. Toda a resposta é um rol de coisa nenhuma, mais uma guarnição numa travessa vazia apresentada por alguém que precisa definitivamente de muita ajuda. E eu não faço puto de ideia de como resolver.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A vida nas mãos

Há pessoas assim, em quem podemos depositar confiança cega sabendo que jamais, jamais seremos traídos. Pessoas a quem podemos pôr a vida nas mãos que nunca por nunca a deixarão cair. Estão lá por nós e connosco nos momentos de alegria e nos complicados também. E sabem que nós estaremos por elas e com elas também quando precisam e quando não precisam. Não se medem as canseiras nem se passam facturas ou talões de penhorista. É assim quando as pessoas se entregam de pleno coração e centelha. Falam, riem, trabalham, dispõem, abraçam-se e basta-lhes a presença um do outro para terem a alma tranquila.

Eu tenho a sorte imensa de ter uma pessoa assim. Era impossível ter-me calhado uma mana melhor.

Eu tenho a sorte imensa de ter uma pessoa assim e espero vir a ter mais. Não uma irmã, mas uma pessoa que queira caminhar e construir ao meu lado. Fiz por isso. Faço por isso, e não faço por menos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Paparazzo

O tipo adora tirar fotografias. De máquina em punho e dedo no disparador, faz fotografias a tudo o que mexe e a tudo o que não mexe também. A namorada chama-lhe paparazzo. Também lhe chama querido, fofinho, doçura e muitas outras coisas. Chama-lhe quase tudo excepto Fernando. Também não admira: o tipo não se chama Fernando.








(É! De vez em quando também escrevo tolices sem pés nem cabeça. Dispõe-me bem. Vocês também, não é?)