Feito barómetro humano (felino?), o meu humor andou alinhado com o tempo chatinho que fez lá fora. Precisava de jantar. Vontade de cozinhar muito por baixo, receita condicionada pela súplica de uns tomates bem maduros, o brado de umas beringelas e o chilrear irritante das azeitonas, uma multidão vegetal exigindo de dentro do meu frigorífico o aconchego da panela antes que fosse tarde demais.
Transformar beringelas num prato apetecível aos beiços um gato é complicado, ajudado pelo facto de nunca ter cozinhado beringelas, muito menos conhecer qualquer tipo de receita com as ditas, e pela pouca paciência para perder muito tempo de volta da janta.
É aqui que entra o improviso. Tomem lá que vos pode dar jeito um dia destes:
Azeite no fundo da assadeira
Alguns dentes de alho esmagados
Uma camada de tomate maduro picado finamente
Uma camada de tostas de pão
Natas em fio sobre as tostas
Uma camada de beringela em rodelas finas
Sal fino
Azeitonas e cubos de tomate a gosto
Queijo ralado
Forno bem quente para assar e gratinar
Uns 20 minutos gastos antes de dar entrada no forno. Não ficou nada mau. Afinal, até vos podia ter convidado a todos para jantar que não passava vergonha, nem vocês fome.
6 comentários:
E se colocasse orégano cheiraria toda a redondeza, e todos os gatos da região pediriam abrigo e... um pedacinho da beringela. :)
Eu adooooro beringela! :)
beijocas
@A Senhora:
Eu também adoro beringela, especialemente depois de soterrada em azeite, natas, azeitonas, pão, tomate, queijo e um nadinha de alho. Nem se nota que lá está a beringela! E os orégãos tinham vindo a calhar. Falta de lembrança, foi o que foi. :)
R.
Ficou bonito! Falta saber se ficou gostoso. Mas dá pra imaginar o gosto. Fazer experimentos na cozinha é ótimo. Nem sempre sai algo "comível" mas quando sai... hummmm (como diria a Ana Maria Braga).
@Erika Freitas:
Bem vinda ao castelo! Beringela já não há. Para a próxima reserve mesa! ;)
R.
Olha qeu bonitinho: http://www.youtube.com/watch?v=EjtVDG0drG0
bjs
@A Senhora:
É. Gioacchino Rossini esteve um passo à frente de Andrew Lloyd Webber. Viver um século antes também ajuda à primazia. :)
Como é que é possível cantar isto sem rir à gargalhada? :)
Beijo,
R.
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